quarta-feira, 23 de julho de 2008

less is more, bitch!!!

não é piada. a regra simples de que ser elegante é saber dar ênfase às peças dramáticas ou estilosas utilizando uma de cada vez parece passar completamente despercebida. sim, bem-vindos à peruice!

neste último final de semana, na sexta-feira (para ser meis exata), fui à formatura da cunhada do meu espouso ou da namorada do meu cunhado. a formatura teve direito à colação e a baile. não posso comentar à colação porque não fui. depois de algumas aventuras (inclusive a da minha formatura) decidi que colação, meu bem, só por MUITO amor à camiseta. no caso, ao formando. adoro a maiara (cunhada do espouso ou espousa do cunhado), mas não iria agüentar, por nada desse mundo, 280 sendo chamadas. e nada mais deselegante do que não estar numa colação é estar numa colação não aguentando mais. e xingando a platéia. e falando mal da cara feia daquele formando(a) cuja mãe, de quem ele puxou a cara feia, está sentada atrás de ti. então, direto ao baile, queridos e inexistentes leitores.

eu, como não tinha nenhum vestido invernal para ir, investi num tomara-que-caia preto da marca super lucy in the sky, bem estilosinho. associei a um colar de gatinha com strass e melissas pretas com glitter (um presente que me dei em um dia dos namorados solitário há uns anos atrás). eu poderia ter usado um dos dois vestidos de festa que tenho. o da minha própria formatura e o de um casamento (que acabei não indo). o problema é que usar um vestido visivelmente de verão com um casaco é uma coisa deprimente, na minha opinião. é declarar: "pois é, reaproveitei, queridos!" os vestidos de festas são completamente reaproveitáveis, a questão não é essa. mas, no entanto, todavia, nas estações certas.

a formanda do meu coração estava lindinha com seu lindo vestido branco com detalhes vermelhos. com proporções que valorizavam seu corpo e com detalhes discretos: faixa vermelha na cintura e tulezinho na parte de baixo. luxo clássico.

vamo-nos ao baile, por favor.

secundariamente, gostaria de comentar que a música que tocava era muitíssimo deprimente. sobre isso, não quero comentar mais porque gostaria de que a lembrança dela desaparecesse rapidamente!

roupas! estamos aqui para falar de roupas. segundo michael kors (já notaram o quanto sou fã dele??), praticamente todas as meninas da festa estavam "way toooooo many", bitch (o bitch é por minha conta)! o baile era uma etapa do concurso "olá! brilho mais do que você!" alguns exemplos eram:

(1) vestido prateado + colado ao corpo + renda + superdecotão + renda + bordado brilhoso
(2) vestido tomara-que-caia amarelo-gema brilhoso + miniminiminicomprimento + sapato dourado
(3) busto grande + vestido comprido vermelho + superdecotão + megarasgão
(4) vestido vermelho sangue + brilho + estola + sandália dourada ofuscante

os exemplos são de vestimentas das quais, infelizmente, me lembro. a questão em si não é querer usar um vestido prateado ou vermelho ou dourado que seja (excluindo o amarelo-gema brilhoso porque esse nem que a Heidi Klum estivesse usando seria elegante). a questão é que, darling, tudo junto vira breguice. me senti na festa do ridículo sem ninguém ter sido avisado.

se todos os detalhes de roupas de festas estiverem juntos, vira poluição visual. vira destaque de escola de samba na sapucaí. vira metáfora para "melancia no pescoço". vira muito demais bastante too many da conta! escolha uma coisa ousada, dramática e faça de tudo para que ela apareça. e não para que ela ofusque e confunda a visão dos convidados.

menos é mais, óbvio. e quando mais, menos vão querer olhar para você, queridinha!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

leggings: what a feeling!



lendo sobre leggings para poder escrever este post, descobri que elas são peças muito muito velhas. segunda wikipedia (ave, wiki!), há notícias da sua existência desde o renascimento e alguns Native Americans já utilizavam a famosa calça justinha. primeiramente, eram duas peças: uma para cada perna.

historicismos a parte, eu tô aqui para falar mal da legging. michael kors (ave, michael!), na última temporada do reality project runway disse: é rara uma produção que fique bonita com leggings. elas são perigosas! não querendo ser muito radical (mas já o sendo!), pra mim não há produção que fique boa com legging.

em primeiro lugar, elas entram no mundo fashion depois de todo o !bum! Flashdance dos anos 80. antes, tinham as capris, as skinnies, mas todas feitas de material como jeans. e não como uma segunda pela que é a lycra. nos anos 80, as roupas para dançar jazz e fazer aeróbica na academia tornam-se roupas de rua. último grito! ou seja, a legging vira must have durante a década mais brega da história da humanidade! ela (a década) também é responsabilizada pelas polainas, pelo cabelo com permanente, pelas blusas oversize e, claro, pela luva uma-mão-só-com-lantejoulas!

mas o grande problema que eu tenho com as legging é o uso indiscrminado que as pessoas fazem delas atualmente. se o michaels kors estava dizendo: "ei! cuidado, não fica legal com tudo!" as pessoas relamente não escutaram. a legging achata a silhueta, aumenta o quadril e, todo mundo sabe, que sobreposição de peças torna qualquer uma um pouco mais cheinha. enfim, então, qual é a da legging? e mais, por que fazem a versão em lamê?

enfim, a legging só serve para uma coisa: fazer referência aos anos 80, a década mais brega da existência!

ou melhor, até hoje tem gente procurando o tal do what a feeling!




quarta-feira, 9 de julho de 2008

a futilidade da leitura

aeroporto de brasília, minha terra natal. eu, com meu vestido roxo, último grito do rabixo (segundo minha mãe, e eu sabendo lá quem é rabixo) e minha sapatilha prateada. compro a vogue do mês de abril feliz e contente para ler durante o vôo.

sala de embarque. sento com a minha vogue e leio. sempre no memso esquema: lendo o que me chama atenção num primeiro momento porque sei que minha atenção muda constantemente o que faz com que a revista seja lida inteira antes do fim do mês.

nos banquinhos. estou eu lá me deliciando com a leitura. chega um mulher que solta um "rum" de desprezo para minha vogue. senta do meu lado me olhando com cara de "ai! juventude fútil perdida...". abre seu livro (infelizmente – e olhem que me esforcei – não conseguir ver o título, mas gosto de acreditar que era do paulo coelho ou do sarney). de vez em quando, seus olhos passavam por cima do óculos para continuar desprezando a minha vogue.

quando cheguei em porto alegre. assinei a revista...

terça-feira, 1 de julho de 2008

o problema com as botas

no post da farsa fashion chamada galocha melissa, eu falei sobre a minha aversão a botas. mas não expliquei que aversão. bom, deus (e a minha mãe também) sabe quantas vezes tentei usar/comprar uma bota. realmente acho bonito usar botas, além de quentinho (voltando novamente para a questão do inverno sulino). as botas te protegem do frio e da chuva. isso é, per se, uma grande qualidade num sapato.

mas eu não consigo usar botas. eu tenho inclusive uma, ali parada, do lado do baú de bolsas implorando para ser vestida. as botas não caem bem. explico: para a bota entrar no pé e permitir a caminhada, existe aquela sobrinha de pano no tornozelo. vejamos um exemplo:


sim, esse exemplo é exagerado. afinal, a tal sobrinha de pano se espalha por toda bota. dando o braço a torcer, lindo pre-fall da balenciaga, não? vamos a um bom exemplo, então:


olhem só que linda bota!!! justa. ajustada. não muito alta. parece quentinha. lindo modelito donna karan. no entanto, olhem para a perna direita dela (que fica à sua esquerda). tá vendo aquela dobrinha ali no tornozelo? pois é! é ela que me impede de usar botas. não há bota sem. e a hires não consegue usar bota com. ou seja, temos um impasse. no fim das contas, fico (e deixo uma prova) com os sapatos clássicos a la michael kors. não tem jeito!